sábado, 25 de fevereiro de 2012

Projeto Educativo




Somos um Movimento de crianças e jovens, com a colaboração de adultos, unidos por um compromisso livre e voluntário.
Somos um Movimento de educação não formal, que complementa o trabalho da família, da escola e da religião, interessado em contribuir para que o jovem assuma seu próprio desenvolvimento; interessa-nos mais a formação de atitudes do que a aquisição de conhecimentos ou habilidades específicas.
Queremos o desenvolvimento do ser humano, como um todo, e de todos os seres humanos. O ser humano na plenitude de sua existência. O ser humano, homem e mulher. O ser humano, como parte da Humanidade e em sua identidade singular, sem distinção de origem, raça, classe ou credo.
Somos um Movimento que caminha em busca de Deus e que estimula seus membros a viver autenticamente, dando testemunho de sua fé.
Incentivamos os jovens a lealdade à Pátria, em harmonia com a promoção da Paz Mundial. Pregamos o amor à nossa terra e ao nosso povo, sem hostilidades entre as nações. Participamos da grande Fraternidade Escoteira Mundial, que valoriza a cooperação internacional.
Cremos na família, raiz integradora da comunidade e centro de uma civilização baseada no amor, na verdade e na justiça. Por isso, queremos contribuir para que o jovem cresça rumo a uma cidadania responsável, participante e útil.
Somos um Movimento que procura Ter uma participação ativa e positiva nas grandes questões nacionais, tais como: distribuição de renda, proteção ao meio ambiente, menores e drogas, por exemplo. Por isso estimulamos internamente a discussão desses temas e especialmente incentivamos o desenvolvimento de projetos envolvendo essas questões.
Como Movimento Educacional, não nos envolvemos na disputa pelo poder político. Entretanto, os princípios em que se baseia o Movimento orientam as opções políticas pessoais dos nossos membros e a formação de cidadãos responsáveis, participantes e úteis exige que estejamos atentos à realidade política.
OS DESAFIOS PARA UMA VIDA MELHOR
A relação consigo mesmo.Pretendemos que a criança e o jovem aprendam a fazer opções, a descobrir aquilo querem e podem conquistar. Queremos que sejam capazes de assumir responsabilidades, de formular seu projeto de vida, e lutar por ele, conscientes de sua dignidade. Queremos auxiliá-los a serem eles próprios, e a viver por sua própria conta, como agentes de seu próprio desenvolvimento.
A relação com o próximo.Propomos que os jovens se realizem pessoalmente por meio de uma relação de serviço ao próximo. Esta aprendizagem para a vida em sociedade educa para o bem comum, permite descobrir o sentido de vida comunitária e incentiva as atitudes de solidariedade e democracia. Aquele que cresce no Escotismo é um cidadão livre, que respeita a liberdade alheia, interessado em humanizar o mundo, em construir a história e criar uma nova sociedade, participativa e fraterna.
Relação com o mundo material.Para nosso Movimento; produção, criatividade, invenção, bem como a interpretação de informações disponíveis são os meios de educação. A criança e o jovem que inventam uma solução para um problema concreto aprendem a viver. Aquele que imagina um objeto e o produz com suas próprias mãos aprende a conhecer a natureza e a reconhecer sua capacidade de transformá-la. O jovem que vive está experiência se liberta de uma noção fatalista de "destino" e rejeita as atitudes conformistas: descobre a tecnologia como um meio a serviço do homem.
O reencontro com a esperança.Convidamos o jovem a descobrir Deus, aderindo a princípios e valores espirituais, vivenciando ou buscando uma religião que os expresse e aceitando os deveres decorrentes dessa adesão. Nosso enfoque educativo ajuda o jovem a valorizar menos o mundo material, buscando o sentido e o valor da vida. Para alcançar esse desenvolvimento, propomos aos jovens que assumam um código de ética pessoal, traduzido na Lei e na Promessa Escoteiras, que destacam a honra, a confiança, a lealdade, o serviço ao próximo, a generosidade, a alegria a honestidade e o amor, possibilitando-lhes um reencontro permanente com a esperança.

O Homem e a Mulher que Pretendemos Oferecer à Sociedade
Desejamos que os jovens que tenham sido
Escoteiros façam o seu melhor possível para ser:
Um homem ou uma mulher
reto de caráter, limpo de pensamento
autêntico em sua forma de agir;
leal, digno de confiança.
Capaz de tomar suas próprias decisões,
respeitar o ser humano,
a vida, e o trabalho honrado;
alegre, e capaz de partilhar sua alegria;
leal ao seu país,
mas construtor da Paz,
em harmonia com todos os povos.
Líder a serviço do próximo.
Integrado ao desenvolvimento da sociedade,
capaz de dirigir, de acatar leis,
de participar, consciente de seus direitos,
sem se descuidar de seus deveres.
Forte de caráter, criativo,
esperançoso,
solidário, empreendedor.
Amante de natureza,
e capaz de respeitar sua integridade.
Guiado por valores espirituais,
comprometido com seu projeto de vida
em permanente busca de Deus
e coerente em sua fé.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

QUEM QUER ACAMPAR? FAZ CAMPANHA



"Acampar é um dos pontos altos do Escotismo, o que mais atrai os rapazes e é a oportunidade para ensinar-lhes a confiança em si e o espírito de iniciativa, além de proporcionar-lhes o fortalecimento da saúde."
Baden Powell

Acampamento de Grupo deve ser levado TODOS OS MEMBROS DO GRUPO. Portanto necessitamos de sua ajuda converse com sua Tropa, Matilha, Chefe ou Mestre e faça uma campanha de Arrecadação de valores. 

domingo, 12 de fevereiro de 2012

HISTORIAS DE GRUPOS ESCOTEIROS DO BRASIL




Histórico da Fundação do Grupo


As sementes do GE Tibiriçá começaram a ser selecionadas nas reuniões de chefia que aconteciam aos sábados à noite, em diversas lanchonetes de São Bernardo do Campo. Lá basicamente se fazia o programa de reunião para o Domingo e discutia-se sobre o desenvolvimento dos elementos da tropa escoteira do GE Caoquira.

Participavam, Laércio, Jaime, Gaúcho e Horácio. Obviamente, após terminado o programa, discutia-se outros assuntos comuns aos jovens daquela época.
Gaúcho – Cláudio Manoel dos Santos - foi lobinho lá nos pampas, e como a vida tem muitas voltas deixou o Sul e veio vindo até chegar a São Paulo. Foi morar em São Caetano na casa de uma chefe do GE São Francisco, obviamente foi convidado a participar do grupo, mas foi extraditado rapidamente para o GE Caoquira, onde foi morar em SBC na casa do Horácio de 1977 a 1979.
Laércio da Costa Miranda, brasileiro filho de português, gosta ainda de contar piadas do seus ancestrais, ingressou no ramos escoteiro, e era muito teórico, depois como sênior passou a ser chamado na escola como "Indião" e deixou de ser teórico.
Jaime Leme Loghi, ingressou como escoteiro, mostrou-se sempre ponderado e participativo em todas as atividades.
Horácio Humberto Palleres, foi o primeiro lobinho do GE Caoquira, coincidentemente a sua irmã Maria Cristina Palleres foi a primeira Akelá, e no GE Tibiriçá também inaugurou a Alcatéia.
Laércio, Jaime e Horácio, eram da mesma patrulha sênior "Caçadores de Esmeralda", que alias fora da dupla de seniores Celso Correia Neves e Renato Moura, que alias já tinha sido do sênior Gilberto Correia Neves entre outros. Ou seja uma patrulha de tradição dentro do GE Caoquira.
Nos tempos de seniores – sem esquecer dos sênior Adauto, Flaviomir e in memoriam Miura e Pio Luís Fernando Sparvoli ambos no grande fogo de conselho – fizeram grandes e pequenas coisas porém, muitas atividades. Lembrar algumas como o Camporeé do Sul. Participação do 1º acampamento da Confederação das Bandeirantes de SBC, e da excursão ( de carona) à Foz do Iguaçú. Nesta última , só participaram os seniores Jaime, Laércio e Horácio, foram 22 dias de muita briga e muita união.
Luís Fernando juntamente com seu cunhado Pio Marcos Teixeira, e outros elementos do GE Almirante Barroso, formaram o GE Palmas na cidade de Palmas em Tocantins. Com a partida do Luís, as coisas esfriaram um pouco.
Em todos os GE sempre, infelizmente, há problema de entendimento entre os adultos, e isto causou o afastamento dos chefes Jaime, Laércio, Gaúcho e Horácio do GE Caoquira.
O motim já estava sendo planejado, sabiam que perderiam o navio, porém já deslumbravam um novo navio para desbravar novos mares.
Hoje são todos irmãos escoteiros. Pode se dizer que foi aquele filho que saiu de casa para morar sozinho, depois convida os pais para almoçar ou vai almoçar lá.
Na semana seguinte havia um vazio em todos eles.
Isso foi quebrado pôr um convite do GE Itapu, - antigo Missão Católica – em SCS. Um grupo enfraquecido pôr problemas internos ( ou seja de adultos), que tinha um chefe de tropa e outro de tropa sênior. A alcatéia estava bem. Numa reunião apareceram 4 "CLANdestinos" chefes que estagiaram durante 6 meses com o objetivo de estruturar o sistema de patrulhas e orientar os novatos chefes.
Com o GE Itapu, participam do acampamento demonstrativo na cidade de Batatais, SP, 1º Baitatá, fizeram palestras para os seniores para motivá-los a continuar na jornada, visando o clã pioneiro, lá conheceram vários chefes, entre eles o subchefe de grupo do GE Araquara, o chefe Galera, que acompanhava o seu grupo e participava da parte de enfermaria do campo. Outra palestra abordada já com o futuro Mestre PI foi sobre drogas e sexo.
Wladerley A. Galera, araraquarense, na época tinha suas atividades profissionais numa clinica em Rudge Ramos e num hospital próximo a SBC. Laércio com sua diplomacia, foi conquistando afim de ajudar a organizar o futuro clã. Galera vinha uma vez por mês nas incontáveis reuniões do futuro clã, antes que o GE Tibiriçá fosse fundado o Galera morava em SBC junto com o Gaúcho, no período de 1979 a 1980, numa casa alugada próximo ao Distrito, obviamente esta casa ficou sendo local de reuniões sociais, políticas e estudantis do clã. Nesse tempo já tínhamos o Marsura vindo do GE Guaianazes.
O barco estava saindo do papel, estão terminaram o estágio, e foram para o estaleiro. Afinal continuar sendo chefe não era o objetivo.
As reuniões continuavam sendo feitas nas lanchonetes, desta vez não de chefes, e sim de amotinados, ou "Clandestinos".
A idéia principal era montar um grupo escoteiro. Apoiados no POR, tinham que constituir uma comissão executiva, e uma seção. Porque a primeira seção não ser um CLÃ?????.
O nome do grupo, tinha que ser um nome indígena, pois no distrito de SBC todos os GE tinham nome indígena, GE Caoquira, GE I Juca Pirama e GE Guianazes, portanto TIBIRIÇÁ era um bom nome, cacique das terras de SBC, na época de João Ramalho o fundador de Santo André da Borda do Campo.
Villas Boas, para o nome do clã, foi uma homenagem aos irmão sertanistas, pôr sua dedicação com os indígenas brasileiros. E o Clã se espelharia nisso, dialogariam com outros indígenas, alias outros GE, assim fortaleceríamos o espirito de BP entre todos.
Numa dessas reuniões noturnas, realizada desta vez na lanchonete Well’s do aeroporto Congonhas, encontram na cor do guardanapo a cor para o lenço do futuro grupo escoteiro. Retiraram um exemplar do mesmo, e levaram para Dona Lúcia Teixeira.
Dona Lúcia, mãe do Pio Marcos Teixeira, que era considerada como uma madrinha para o Clã, contou de uma reunião feita na casa dela, na qual foram feitos os primeiros esboços sobre o símbolo do Clã ou do grupo, até que apareceu o guardanapo, ai houve a definição da flor de lis do GE Tibiriçá. Dona Lúcia deve ter dado a sugestão do friso na borda do lenço, considerando esta boa sugestão, um toque feminino nas reuniões machistas. Também conta que na noite anterior do primeiro uso oficial do lenço, ela foi buscar os lenços, juntamente com a Dona Alzira Galo – mãe do Pio Aírton Cézar Gallo, na bordadeira-costureira, porém como o friso não estava de acordo, ela descosturou os frisos, e pregou-os na borda mesmo.
A incumbência de passar a limpo o desenho da flor de lis, ficou para o Pio Jaime. Naquela ocasião ele estudava "design". Utilizando-se de um compasso, uma régua, um lápis e uma borracha para aqueles que ..... se faz a flor de lis de linhas retas que ora parece uma espada, ora parece uma flecha mas sempre tem um alvo, e sempre está correndo para esse alvo. Nota, com qualquer raio (do compas) se faz a flor de lis. Quem gostar ainda, vire a flor de lis e verá alguém de braços aberto te chamando.
Outro trabalho foi obter autorização junto ao distrito, pois os futuros membros eram dissidentes do GE Caoquira, o que poderia ser traduzido como fogo de palha, algo passageiro.
Numa reunião, onde participava o futuro Mestre Pi Galera, para obter autorização distrital estava presente o coordenador regional para a área do ABC, chefe Aparecido, que conhecia o trabalho do Galera junto ao GE Araraquara e também os outros membros juvenis, convenceu os demais membros da comissão executiva distrital a dar um voto de confiança no futuro clã. Nessa reunião Galera se comprometeu a desenvolver os demais ramos num prazos máximo de um ano. Os rapazes aguardavam a decisão na parte debaixo do distrito e vibraram com o resultado, comemorando a moda deles.
Para a comissão executiva do grupo houve inúmeras reuniões. Foram convidados vários pais que participaram no GE Caoquira e estavam afastados. Muitos já tinham outros compromissos e não puderam acompanhar o futuro grupo.
Sr. Ermínio Vazzola , in memoriam, foi o primeiro presidente do grupo, solicitou ir de uniforme escoteiro para participar do grande fogo de conselho junto a BP. Também emprestou uma das salas da auto-escola para ser uma sede provisória. Seus filhos foram escoteiros e a sua filha e esposa estavam no movimento das Bandeirantes.
Sr. Renato Cheidde, foi o chefe de grupo do GE Tibiriçá, mas as raízes vinham do tempo que era chefe de tropa do GE Guaianazes, ele era conhecido pelo Pio Durval Marsura, outro futuro pioneiro que também foi chefe de tropa do GE Guainazes. O irmão do Sr. Renato emprestou as dependência de uma casa na rua Índico n.º 104, para ser a uma sede provisória do clã, ali foi realizado um grande baile, com a presença das irmãs Bandeirantes, ou melhor das Guias.
Marsura ingressou no movimento como escoteiro depois que viu um acampamento demonstrativo, aqueles que tradicionalmente se realizava no dia 20 de Agosto.
Outros que participaram da comissão com grande prazer foram Sr. Yukimitsu Nishioka, Paulão como todos o conheciam. Sr. San Miguel Palleres, (pai do Pio Horácio, da Akelá Cristina e da Baloo Laura), Sr. Getulio Gallo, (pai dos Pios Airton e Marcia) e Sr. João Miguel Germano o lobinho, como todos o conheciam nem tanto pelo seu porte físico, mas pela serenidade, sinceridade e pelo amor que o rodeava.
O onorável chefe Paulão, foi chefe de grupo do GE Caoquira, entre os diversos cargos que ocupou. Conta que na sua juventude, em Suzano, tinha vontade de participar de um GE local, porém problemas alheios à vontade não ingressou no movimento. E esperou até seus filhos terem a idade de lobinho, aí a família toda mergulhou no escotismo, os lobos, Paulo e Cácio, e a assistente de Akelá Dona Vanda, ótima conselheira para as chefas mais jovens. Depois por incompatibilidade do horário das reuniões com a atividade comercial, e os lobos tornaram-se sêniores, houve um afastamento, retornando quando foi convidado pelo GE Tibiriçá. Relembra da reunião quando foi apresentado o guardanapo, para ser o lenço do grupo.
Germano, o lobinho, tinha o filho Jorge na alcatéia, a esposa e a filha Jorgete nas Bandeirantes, mas Germano era presença garantida nos acantonamentos da Alcatéia, e principalmente na parte ecumênica de um campo ou nas conversas após fogo de conselho com os sêniores. Quando foi convidado para participar da abertura de um novo grupo, achava-se afastado do movimento, porém abraçou aqueles que tinham sido os sêniores de tantas noites acampadas.
No dia 19 de maio de 1979, com a presença de várias autoridades do ramo escoteiro, foi renovada a promessa pelo chefe Aparecido do Sr. Vazzola presidente do grupo, e este renovou a promessa do Sr. Renato, que a seguir renovou a promessa do Mestre Galera. Esta solenidade marcou oficialmente a data da fundação do GE Tibiriçá.
Participaram deste Pequeno Histórico:
Dona Lúcia, Galera, Gaúcho, Germano, Horácio, Jaime, Laércio, Marsura, Paulão e Teixeira.



Texto retirado do antigo site do grupo Tibiriçá 243º/SP.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

TEXTO REDIGIDO PELOS ESCOTEIROS DE PORTUGAL

...um Estilo de Vida
O Método Escutista, sistema de auto-educação progressiva.

As crianças e jovens fazem um compromisso pessoal de adesão a um simples código de vida: a Promessa e a Lei do Escuteiro.

Aprendem fazendo em activa participação com os outros.

Trabalham em grupos pequenos, através do Sistema de Patrulhas, onde cada jovem assume uma função numa “micro-sociedade” onde todos são chamados a participar. Nestes pequenos grupos (5-8 elementos) os jovens desenvolvem a liderança, as capacidades do grupo e a responsabilidade individual.

São estimulados programas de actividades progressivas baseadas nos interesses dos jovens. Actividades que envolvem o contacto com a natureza, um rico ambiente de aprendizagem onde a simplicidade, a criatividade e o descobrimento estão aliados para proporcionar aventura e desafio.
 


pesquisado por o pioneiro: Afonso Branco

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

PALAVRAS SOLTAS


Abrindo os olhos descubro…


… fechando posso sonhar.
Se Baden Powell julgava que, depois de Brownsea, a sua ideia ia atravessar fronteiras e enraizar-se, não sei. Mas a distância entre o sonho e a realidade foi tal qual salto de duende e, se hoje tantos jovens se podem orgulhar do lenço que usam, é a ele que devem…
Os tempos eram outros. Eram outros em 1357 quando BP nasceu, em 1907 data do primeiro acampamento, eram outros em 1968 quando o grupo apareceu… Todos bem diferentes do tempo actual. Aliás, confesso-me a escrever este artigo deitada na cama com o computador ao colo… Tempos diferentes, não?!

Sempre me interessei em saber a história do grupo. Quem o tinha formado, onde, porquê. O que levava as pessoas a se identificarem tanto e a criar laços fortes. Aquando da minha insígnia de projecto, no Clan, escolhi fazer um DVD onde registava os 35 anos do grupo. Foi um modo de assinalar a data, de a festejar, de a relembrar enquanto herança histórica para quem por lá passou.

Há quarenta anos um grupo de amigos vindos do 2.º grupo de Lisboa, decidiu fundar o seu próprio grupo em Queluz. A eles agradecemos o acto de coragem e, se bem que os primeiros tempos em que reuniam nos Quatro Caminhos não tenham sido fáceis, o grupo foi ganhando elementos e adquirindo notoriedade, estando desde há muito no Beco dos Capuchos.

Tal como qualquer grupo, o 23 também criou a sua própria identidade. As pessoas foram-se moldando ao grupo e o grupo aos escoteiros que dele faziam parte.

A história do 23 confunde-se com a história das pessoas que por ele passaram. A minha é apenas mais uma…

Há 14 anos entrei para o 23 e desde aí toda a minha vida se desenrolou à sua volta. De uniforme vivi momentos indescritíveis e muitos deles difíceis de explicar ao mundo exterior. Gritei, lutei, falhei, conquistei. Venci e desisti. Chorei, ri, ignorei, deslumbrei. Cresci e amadureci. Acreditei e amei. Amei. Amo. Amarei.

Falar de escoteiros, falar de um grupo que nos moldou a vida e ao qual também dedicámos grande parte dela, é difícil. Apenas agradeço os anos que passei de bordeaux e amarelo. Agradeço as oportunidades, as experiências, as pessoas… Foi nos escoteiros que aprendi a olhar para tudo de modo diferente, que escolhi dedicar a minha vida à educação. Sobretudo, onde aprendi… a dedicar-me!

E porque tantas melodias ficaram, tantas notas soaram, tantas vozes se ouviram… Porque várias são as frases que recorrentemente me saltam à memória. Várias são as palavras que cantadas ou apenas lembradas, nos transportam a momentos diferentes. Por isso tudo aqui ficam algumas das frases que me irão sempre acompanhar. Porque somos sempre escoteiros. Porque serei sempre… escoteira.

Eu sou mexido, não paro de correr. Ainda estou para ver, onde me vou meter!Muitas vezes mogli ajudou e mais vezes dele gostou. Baguera, a pantera, estou aqui! Mogli foi aceite porque um touro ofereci.

Eu já estou cansado de tanto eu me divertir. Balu, guarda o meu dormir.

É urgente estar atento, ver para onde corre a maré. Ver de onde sopra o vento, não vás tu perder o pé.

Ter coragem e conseguir os teus medos enfrentar. Ser leal ao que acreditas…

Sonhos, são apenas sonhos. Restos de sol e de luar. Deixa-me sonhar…

E assim o mar não chega para mim… E assim o caminho não terá um fim…

Abrindo os olhos descubro, fechando posso sonhar. Vejo um por do sol rubro e sonho um dia voltar. E faço um sorriso, uma lágrima cai, a alma fica mas o corpo vai.

Esta última é importante demais para serem meras frases fragmentadas. Esta diz tudo… Diz absolutamente tudo…

Quando a lua ja brilha bem no alto da colina. E a última gota de suor escorrer na neblina. Um dia mais se passou e nada dele restou. Lembro agora os, momentos de alegria e tormentos. Somos cavaleiros do sol, somos guerreiros da paz e agora é tempo de eu descansar. Para amanhã, de novo batalhar. Adormeço ao lado da fogueira que ardes. As minhas feridas saram e acalmam mais tarde. Somos cavaleiros do sol, guerreiros da paz e agora é tempo de eu descansar. Para amanhã, de novo batalhar

parte deste texto saiu no 44.º Cantil da Informação, jornal do Grupo 23… uma edição comemorativa do 40.º aniversário do grupo…